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Presente Divino by Dawn Rosewood

Capítulo 53
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Capitulo Cinquenta e Trés Aleric n&o parecia tranqtiloa resposta que eu dei, mas eledeixou ir de qualquer maneira, nés dois andando de volta para onde Thea estava ridiculamente fingindo fingir medo.

Eu zombei de sua aparéncia, para grande curiosidade dos guerreiros ao redor.

Alericignorou e caminhou até ela, agachando-se para que ficassem no nivel dos olhos. E mesmo que eu sentisse o desejo de matar Thea mais do que qualquer coisa naquele momento, ndo pude deixar de sentir uma pontada de angustia ecoar dentro de mim ao ver os dois tao préximos novamente. Eu sabia que ndo era nem remotamente o mesmo que no passado e eu nao deveriaimportar mais, mas a reagao foi involuntaria. Era apenas mais combustivel para a dor que eu estava alimentando por dentro. “Seu n€é Thea, correto?” perguntou Alérico.

Ela apenas acenoua cabega, seus olhos arregalados de medo enquanto olhava para todos ao seu redor.

“Estamos tentando localiza-lo ha quase uma semana. Onde vocé esteve?” Sua voz era exatamente a mesma de como eulembrava. Eu ndo pude deixar de imaginar o quao bom seria uma vez que eu a impedisse de falar novamente. “Fui atacado. Eu e outra garota,” ela comegou, parecendo nervosa. “Eu acho que o ndela era Myra? Ela se apresentou nas lojas e se ofereceu paramostrar a cidade. Mas foi quando fomos atacados... Foi em um parque na rua... um grupo de homens vdo nada e... e matou a garota na minha frente.

“Por que eles pouparam vocé entao?” Seus olhos lacrimejaram quando ela comegou a chorar. “Eu n&o sei... mas eleslevaram para um acampamento em algum lugar. Uma caverna.amarrou ebateu. Mas eu nao queria morrer ali no escuro. Eu esperei até que eles saissem para comer e torci meu caminho para fora das cordas mudando de posicao. E-eu acho que desloquei meu tornozelo. Mas estava tdo escuro... eu ndo sabia onde estava... ando sem rumo na floresta ha dias, tentando encontrar ajuda.

Eu bufei. Foi tudo to ensaiado, até as lagrimas. Como se as numerosas patrulhas nao a tivessem encontrado naquela época, ela estaria supostamente sozinha na floresta. O bando inteiro estava em alerta maximo vasculhando a area em busca de bandidos e nao a viu? E o que foi isso sobre a mudancga? Jurei que Thea era apenas um ano mais velha que eu. Ela estava mentindo sobre isso também? “Eu estavatanto medo”, ela solugou. “Achei que ia morrer. Eu deveria estar aqui apenas alguns dias e deveria estar em casa agora. Por favorajude.” “E onde pode ser ‘casa’, Thea? Qual pacote?” Eu perguntei presuncosamente, desinteressada por sua farsa ao contrédos outros ao meu redor. Esta era a Thea que eu lembrava; o manipulador. Eu podia ver como suas palavras estavam fazendo os guerreiros parecerem levemente solidariossua situag&o. Era irritante.

Mas eu sabia que ela teria que ser sincera. Havia apenas duas respostas para minha pergunta; ou ela era uma desonesta ou seria pega em uma mentira quando nenhuma matilha pudesse verificar sua identidade.

“Eu nao pertenco a nenhum bando...” ela disse, virando seus olhos para mim. “Fui adotado por engano e criado por humanos. Eu tenho tentado navegar como tudo isso funciona e apenas tropecei neste mundo recentemente. Desculpe, ainda ndo entendo muito. Fiz algo de errado? Nao era para eu vir aqui? Eu sé estava tentando encontrar minha familia biolégica.” Eu apertei minha mandibula, lividatudo que aquela voz doce e agucarada estava dizendo.

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“Mentiras! Diga-lhes a verdade!” Se isso fosse verdade, entdo ndo havia como ela evitar o investigador particular por tanto tempo.

Os olhos de Thea se arregalaram mais quando ela se afastou de mim. “Eu-eu sinto muito?” “Vocé acha que eu vou deixar vocé se safar matando Myra e entrar nesse bando? Eu sei o que vocé é. Vocé nao pode usar esses truques em mim.

A histéria que ela estava sugerindo néo era necessariamente uma ocorréncia impossivel, mas era incrivelmente rara e quase inédita. E ela sabia disso. Ela propositalmente escolheu esse fundo porque significava que nao poderiamos verificartotal certeza quem ela era... e isso significava que eu nao poderia acusé-la de ser uma vigarista no sentido criminal.

Era tudo uma merda. Parecia mais o enredo de um dos velhos livros de fantasia de Myra do que qualquer coisa real. Como se ela fosse uma garota pobre e comum que apenas acordou um dia para descobrir que ndo era como todos os outros humanos. Era este 0 mesmo enredo que ela havia alimentado Aleric na linha do tempo anterior? Ele teve pena dela inicialmente? “Aria!” Aleric gritou comigo. “O suficiente!” “Ah, vocé esta do lado dela?” Eu ri, virando meu olhar carrancudo para ele. “Que surpresa af.” “N&o estou do lado de ninguém! Estou apenas tentando fazer meu trabalho e entender o que aconteceu. Algo que vocé esta tornando incrivelmente dificil de fazer!” Ele se levantou e nds dois nos encaramos mais uma vez, um silénfurioso entre nés criando tens&o.

“... Foda-se, Aleric,” eu finalmente cuspi lentamente, olhando para ele nos olhos.

Mas essa foi a gota d’agua para ele.

“Sair! Agora!” ele rugiu. “Vocé esté fora deste caso. Va para casa e esfrie sua cabeca.” Eu queria contestar, gritar de volta para ele, mas eu podia sentir que isso ndo era uma demanda comum. Ele realmente teve a audacia de Alphamandar embora. Eu podia sentir a onda de autoridade passar por mim enquanto tentava comandar meus movimentos. Eu ndo tentei lutar contra isso... Eu sabia muito bem que eu precisaria obedecer ou isso sé causaria dor até que euconformasse. “Ah, e Aria?” ele chamou assim que eu virei as costas. Eu naovirei, optando por permanecer imével até que ele falasse. “Nao pense por um segundo que eu estou deixando vocé chegar perto dela enquanto vocé esta assim. Vocé esté proibido de ver Thea até que seja aconselhado o contrapelos escal6es superiores.

Eu ndo reconheci sua ordem e imediatamente fui embora.

“Idiota”, eu sussurreiraiva para mim mesma enquanto safa. “Simpatizandoa cadela assassina... acho que algumas coisas ndo mudaram.” Mas a cada passo que eu dava, a ansiedade de deixa-la para tras tornava mais dificil continuar; a perspectiva de ela escapar mais uma vezaterrorizando. Eu precisava encontrar uma maneira de contornar a ordem Alpha para colocar minhas méos nela. Tinha que haver um jeito.

Eu ndo consegui chegar ao meu carro antes que meu pai chamasse minha atengdo. Fiquei extremamente aliviado ao vé-lo. Ele era a Unica outra pessoa que poderia entender o quao confusa essa situacao estava e eu sabia que podia confiar nele.

“Pai!” Eu gritei, correndo para ele.

“Aria?” ele cumprimentou, confuso. “O que ha de errado? O que aconteceu?” “E Thea. Eles a encontraram,” eu disse, agarrando seu brago desesperadamente. “Mas Alericproibiu de vé-la. Vocé nao pode deixa-la escapar. Por favor. Por favor... Ela é muito perigosa.

Seus olhosolharam cautelosamente enquanto ele estava em silénem pensamento. Ele sabia quem ela era e eu ja tinha explicado brevemente a ele em particular minha conclusao sobre a mao dela na morte de Myra um dia antes. Certamente, ele perceberia o quao importante isso era? Nao apenas para vingar a morte de Myra, mas para possivelmentesalvar no futuro também. Possivelmente para salvar inimeros outros.

“Por favor!” Eu disse mais alto quando ele ainda nao tinha respondido.

Ele apertou a mandibula antes de finalmentedar um pequeno aceno. “Farei tudo o que puder. Nao se preocupe .

Eu exalei em alivio. Pelo menos uma pessoa ajudaria. Eu senti como se estivesse enlouquecendo sendo a Unica pessoa que entendia o quao terrivel era a nossa situagao. Especialmente se ela estava trabalhandoos bandidos. Quem sabia do que ela era realmente capaz Eu balancei a cabega trémula e soltei seu brago relutantemente. “Vocé parece cansada, Aria. Va para casa e descanse um pouco”, disse ele. “Eu vou deixar vocé saber o que acontece quando eu terminar aqui.” “Certo. Sim. Tudo bem... — murmurei.

N&o havia mais nada que eu pudesse fazer aqui e eu ainda estava sob ordens para voltar para casa. Talvez nao haja problema em descansar um pouco? Mas quando voltei para casa, descobri que estava apenas mais inquieto; incapaz de ficar parado enquanto esperava meu paiinformar o que havia acontecido. Andei pelas escadas, olhando constantemente para a porta da frente. Era quase como se por algum milagre meus olhares de alguma forma acelerassem o tempo até que ele voltasse para casa. Senti que deveria estar fazendo alguma coisa. Nada. Nao apenas parado esperando. Nao apenas parado até que Thea fizesse seu préximo movimento. Seria a préxima pega de Aleric? Essa foi a parte em que ela finalmente tenta e o conquista para finalmente coloca-lo contra mim? ...Mas Aleric realmente faria isso de novo nesta linha do tempo? Nés chegamos tao longe que eu pensei que as coisas poderiam ser diferentes desta vez. Que poderfamos ser iguais em nossa contribuicao para a matilha, nao inimigos. Ele mostrou tanto respeito por mim desde que eutornei herdeiro Beta que agora eu estava achando dificil acreditar que ele nao confiaria em mim quando eu disse que Thea era perigosa.

No entanto, se o pior cenase concretizasse, eu sabia que se ele tentasse voltar ao Aleric do passado, eu néo ficaria parado e aceitaria desta vez. Todo o treinamento, todo o trabalho duro, nao foi a toa. Eu néo tinha mais medo de enfrenta-lo. eu ndo tinha medo de lutar de volta “Aria,” uma voz de repente vda porta.

De alguma forma eu estavaconcentrando tanto que nao ouvi a porta da frente se abrir. Meu pai estava I4, uma expresso séria em seu rosto que eu nao conseguia decifrar.

“Como foi?” Eu perguntei sem sequer uma saudagao. Eu podia sentir meu coragao batendo rapido no meu peito sobre o que quer que ele tivesse a dizer.

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“Ah...” ele comegou, limpando a garganta. “Bem, ela esta sendo levada para o hospital para que seus ferimentos sejam examinados.” Eu ri. “Por que um prisioneiro teria acesso ao hospital da matilha? Eles ndo poderiam simplesmente tratar seu pé dolorido de dentro de sua cela? Mas ele nao retribuiu meu humor, desviando os olhos.

“Pai?” eu pressionei. Eu podia sentir que algo estava errado aqui. “E sé até que eles a levem para as celas, certo? Para mais interrogatério? Ele suspirou. “Aria... —.” Eu reconheci aquele tom. Era o tom que ele usava quando estava prestes a dizer algo dificil. “Nao”, eu o interrompi, quase incrédula. Dei um passo para longe dele. “N&o, naodiga que eles est&o tratando ela como uma vitima dos bandidos.” “Aria, nao houve evide—.” “Nao!” Eu gritei. “N&o, ela matou Myra. Inferno, elamatou, e vocé nao conseguiu nem algema-la? Vocé realmente nao da a minima?” “0 suficiente!” ele retrucoua minha atitude. “N&o ha nenhuma evidéncia de que ela esteja envolvida, Aria, e vocé sabe disso! A menos que vocé queira se apresentar e contar a todo o conselho seu passado, entéo precisaremos descobrir outra coisa. “Vocé sabe que eu nao posso fazer isso! Eles vao pensar que eu sou louco etrancar!” “Ent&o este é o melhor que vocé vai conseguir!” ele concluiu, esfregando o rosto de frustracao. “Entéo é isso? Vamos deixa-la vagar pelo bando e fazer o que ela quer? “Nao, nao, claro que nao,” ele disse, sua voz quaserepreendendo. “N&o seja estlpido. Ela estara sob a vigilancia de um guerreiro enquanto passa por tratamento.” “Estlpido? Vocé estdchamando de *me* estipido 7? Eu zombei. “N&o sou eu quem deixa um assassino receber tratamento médico de primeira classe em nosso prépbando. Pelo menos assuma alguma propriedade que vocé estragou aqui!” — O que vocé queria que eu fizesse, Aria? ele retrucou, dando vérios passos em minha direcdo. “Huh? Se vocé acha que eles vao prendé-lo por dizer que vocé foi trazido de volta a vida, 0 que vocé acha que eles vao fazer comigo quando eu comegar a ir contra a linha légica de pensamento aqui? O que vocé acha que eles vao fazer comigo quando eu prender a garota cuja imagem publica é atualmente a de vitima? E nao apenas para mim, mas para sua mae? ROGIER.

“Pelo que posso dizer, vocé no estd em nenhum perigo imediato enquanto ela estiver sob vigilancia. Mas nds, sua familia, nao temos esse luxo se eu agir, Aria.

“Eu nao posso acreditar que vocé realmente pensa que eu nao estou em perigo, desde que ela respire, independentemente de onde ela esteja. E como se vocé nem tivesse ouvido quando eu Ihe contei o que aconteceu no passado. Ela é uma maldita assassina. Sua influéncia se estende além de fazer a agao ela mesma. Ela nao precisou da espada na méao da Ultima vez paramatarsuas palavras.

“Vocé ao menos ouviu 0 que eu acabei de dizer? Meu comportamento e agées afetam mais do que apenas vocé, Aria. Vocé nao se importao que acontecesua mae e eu? Podemos descobrir isso, mas vocé precisa se acalmar primeiro. Pare de pensar em si mesmo e olhe para este problema de forma construtiva.” “... Entdo, vocé estdchamando de egofsta?” Eu resumi lentamente, um tom sarcastico na minha voz. “Multar. Claro. *Estou* sendo egoista. Eu sinto muito. Sinto muito por agir apaixonadamente... para que o resto de nés nao morra!” “Eu nao vou fazer isso agora,” ele finalmente disse, derrotado. “Vocé teve um dia traumaético e teve que enterrar alguém que amava; algo que eu realmente sinto muito que vocé teve que experimentar. Vou ignorar todas as coisas dolorosas que vocédisse e passar seu comportamento irracional agora como lidarsua dor.

Abri a boca para falar, mas ele ergueu a mao paraimpedir.

“Eu tenho que irencontrarTytus agora. Ele estdesperando e eu ja estou atrasada. Apenas... se recomponha, Aria. Vocé é mais esperto do que isso.” Eledeixou olhando furiosamente para a porta fechada onde ele tinha acabado de parar, olhandoadagas para ela como se meu pai pudesse de alguma forma senti-la do outro lado.

Eu entendi completamente como as vezes eu fazia as coisas em meu propinteresse. Eu podia até entender como essas decisdes erradas levaram a erros fatais; como no caso de Myra. Mas pressionar pela morte de Thea nao era uma das coisas pelas quais euconsiderava egoista. Eu estava fazendo isso nao sé por mim, mas por todos nés. Eu ndo sabia ao certo o que causaria a aniquilagcdo completa de nossa espécie, mas eu sabia que se isso ocorrer apenas quando eu morrer, entéo € I6gico acreditar que parar Thea é imperativo para esse plano. E eu sabia que se eu estivesse sendo realmente egoista, eu néo teria ficadoAleric por tanto tempo quanto fiquei no passado, apenas para ajudar a matilha. 1 Eu sabia que se estivesse sendo realmente egoista, néo teria escolhido voltar a vida,colocando em risco de reviver aquele pesadelo, s6 para salvar a todos.

Eu sabia que, se estivesse sendo realmente egoista, nao teria trabalhado incansavelmente todos os dias desde que fui trazido de volta, mudando as pessoas ao meu redor e suas antigas tradiges sempre que possivel, apenas para evitar o futuro.

Eu sabia que se eu estivesse sendo realmente egoista, eu n&o teria... eu nao teria...

E entdo um pensamentoocorreu. Se eu ia ser rotulado como egoista de qualquer maneira, entao por que isso realmente importava? E eu sai pela porta, sabendo exatamente o que eu queria fazer.